Foto: Dino
Segundo a Royal Canin, a estimativa é que cerca de 30% das raças caninas sofram de doenças cardíacas, a situação piora quando o animal é de pequeno porte (nesses casos, inclusos também os animais sem pura raça). Poodle, Shih-tzu, Spaniel, Dachshund, Buldogue, Fox Terrier, Maltês, Boxer e Chihuahua são exemplos de raças com alto índice de problemas desse tipo. No caso dos felinos, a doença mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, caracterizada por um espessamento anormal das paredes do coração, que costuma ocorrer em gatos de meia idade.
O procedimento do ECG é simples, pois ao contrário de diversos outros exames veterinários, o eletrocardiograma não é invasivo e não precisa de nenhum preparo especial, como jejum ou anestesia, podendo ser realizado sempre que for julgado necessário.
Além disso, o processo é muito prático, já que o animal pode continuar acordado durante o processo e basicamente são colocados alguns eletrodos em pontos específicos do corpo do animal, permitindo assim a avaliação e leitura da atividade elétrica do coração. Casos de arritmias, fibrilações, doenças cardíacas e até mesmo doenças endócrinas podem ser identificadas através desse exame rápido (no geral dura aproximadamente de 10 a 15 minutos) e indolor.
A Dra. Glauci Banti, proprietária do Centro Médico Veterinário Prontvet, localizado no bairro Casa Verde em São Paulo, acredita que é normal que as pessoas não conheçam a utilidade do exame, já que muitas clínicas não possuem o equipamento necessário para a realização do procedimento. “Muitas pessoas sequer imaginam o quão prático e benéfico é a realização do eletrocardiograma em animais. Aqui no Prontvet conseguimos ajudar a evitar muitos problemas, porque através desse exame identificamos situações de risco logo no início, e assim, podemos tratar antes que hajam complicações mais graves” – completa a médica veterinária, que ainda garante que o custo também não é muito alto.
Além de ser usado como método de prevenção, o ECG é indispensável em períodos pré-operatórios para avaliar possíveis riscos relacionados a anestesias, por exemplo. Em suspeitas de arritmia, o exame também se torna essencial para melhor avaliação.
No geral, os donos devem ficar atentos caso seus animais apresentem sintomas como excesso de tempo dormido, canseira rápida (ao passear na rua, por exemplo), tosse crônica, dificuldade para respirar, emagrecimento inesperado e até gengivas pálidas ou arroxeadas. Qualquer um desses casos pode indicar algum problema cardíaco e o recomendado é um exame mais completo, com eletrocardiograma, o quanto antes. “Se os problemas são identificados logo no início, podem ser tratados bem mais facilmente e evitar complicações futuras. O recomendado é que os donos procurem um hospital veterinário que realize o procedimento, e perguntem sobre o exame preventivo” – finaliza a Dra. Glauci.