O bebê vai chegar e não sabe como adaptar seu pet ao novo membro da família? Ou já tem filhos e gostaria de ter um bichinho de estimação, mas não sabe certamente quais são os limites dessa relação?
(Foto: Reprodução/Luisa Mell)
Os cenários são vários, mas não se desespere, a relação entre crianças e animais de estimação pode ser muito mais fácil do que imagina. O médico veterinário Márcio Waldman, da Petlove, esclarece oito principais dúvidas de mães blogueiras sobre como gerenciar esse relacionamento e adaptar o pet a nova rotina com o bebê.
O mais interessante é que essas incertezas podem ser as mesmas de outras mães. Confira:
Blog: A Casa do Pedrinho – Mônica Rentroia, mãe do Pedro.
1) Qual o tipo de animal indicado para as crianças e os benefícios que proporcionam com a convivência?
Cachorros, gatos e pássaros são geralmente os mais escolhidos para as crianças. Os benefícios são inúmeros, dentre eles o senso de responsabilidade, senso de natureza e respeito à vida. É muito comum ouvirmos que "após a chegada do pet o meu filho ficou mais responsável, mudou, etc".
Blog: Macetes de Mãe – Shirley, mãe do Leonardo e do Caetano.
(Foto: Reprodução/Google)
2) Meu filho é asmático. Gostaria de saber quais as implicações de ter um pet em casa?
Como referência eu, Márcio Waldman, sou médico veterinário e asmático. Gatos podem ter alguma ação em desencadear crises, porém nem sempre o gato é a causa primária, geralmente poeira doméstica, ácaros, temperatura ambiente e produtos ingeridos têm uma ação maior no desencadeamento da doença asmática. Cachorros também podem facilitar crises asmáticas, mas têm um potencial menor. Somente como curiosidade, quando entrei em Medicina Veterinária na USP, em 1984, o meu médico, que é amigo da família, ligou para o meu pai e disse que era melhor eu estudar outra carreira, pois corria o risco de não terminar a faculdade. Ledo engano. Já sou formado há quase 30 anos.
Blog: Maternidade Colorida – Paola Preusse, mãe da Maria Clara.
(Foto: Reprodução/Cidade Canina)
3) Astrid, nossa Bulldog, sempre foi criada dentro de casa. Com seu primeiro cio próximo ao nascimento da Clara, a colocamos no quintal e lá ficou praticamente até agora. Saímos para trabalhar o dia inteiro e ela fica sozinha. Quando está dentro de casa conosco, a Clara pira com ela de tanta alegria, mas a cachorra vai onde nós, meu marido e eu, estamos. Clara chama, tenta dar brinquedo, mas nada da Astrid nos largar e ir brincar com ela. Como mudar isso?
Logicamente, a Astrid tinha uma relação com os familiares na casa e depois veio a Clara. Acredito que não tenha relação com o fato de ter ficado no quintal, mas sim com o fato de que os adultos alimentaram a Astrid e cuidaram dela durante muito tempo e ela desenvolveu uma relação mais próxima que com a Clara. Tenho certeza que com o tempo e estimulando a Clara a cuidar da Astrid, por exemplo, oferecer comidas, dar banho, ir passear junto, a vibe mude.
Blog: Ser Mãe – Tania Santos, mãe da Melissa.
4) Quais benefícios um pet pode trazer para uma criança ou bebê?
Alguns médicos opinam que colocar a criança numa “bolha” é pior para o desenvolvimento de seu sistema imunológico. Já vi inúmeros casos de bebês criados juntos com pets e que cresceram com saúde. Portanto, não deve haver receio de colocar uma criança ou bebê em contato com o seu pet. Converse com o seu veterinário e, claro, com o pediatra a respeito.
Blog: Bagagem de Mãe – Loreta Berezutchi, mãe do Pedro e da Catarina.
(Foto: Reprodução/IG)
5) Muitas pessoas dizem que é "perigosa" a relação do gato com crianças que têm doenças respiratórias. Isso é mito ou verdade?
Nem sempre gatos são os responsáveis por desencadear doença respiratória em crianças. Poeiras, ácaros domésticos, comida, temperatura ambiente dentre outros podem ser os desencadeantes primários. Pelos de gatos (junto com uma proteína da saliva) podem ajudar no quadro alérgico, mas como disse antes, geralmente tem um papel secundário no quadro. Converse com o veterinário e o pediatra a respeito. Já vi uma grande quantidade de crianças que têm doença respiratória terem gatos em casa.
Blog: Amarelo Ouro – Thais Decoussau, mãe do Jacques Neto.
(Foto: Reprodução/IG)
6) Gostaria de algumas dicas para minimizar os ciúmes que possa vir a surgir no cachorro em relação ao bebê?
O ideal é que os pais deem atenção tanto para o cachorro como para o bebê, que brinquem e agradem o cachorro quando estão com o bebe no colo ou próximo. Assim, o cachorro entenderá que o bebê é mais um ente da família e não veio tomar o espaço do pet. Brincadeiras do tipo jogar a bolinha para o cachorro pegar, pode ajudar nesse processo de familiarização. Deixe a própria criança jogar.
Blog: Baú de Menino – Camila Pagamisse, mãe do Gabriel e do Daniel.
7) A maior preocupação dos pais é que o bebê ou a criança tenha alergia aos pelos do bichinho, que na verdade é alergia do que contém nos pelos, como pele, saliva e urina. Como amenizar essa situação e criar um ambiente mais saudável para a criança?
Manter os pelos limpos, escovados e banhos frequentes podem evitar acessos alérgicos. Varrer e aspirar a casa com regularidade também ajudam nesse processo.
Blog: 20 minutos para tudo – Ariane Oliveira, mãe do Gabriel.
(Foto: Reprodução/UOL)
8) Temos que ter algum cuidado mais específico de higiene dos pets quando o bebê chega? Por exemplo, aumentar a frequência de banhos?
Se você já mantém uma rotina de higiene com seu pet, como escovação dos pelos e banhos regulares, não é necessário mudar a rotina com a chegada do bebê. Contudo, caso o seu bebê seja alérgico e tenha a comprovação de que a pelagem do cachorro ou gato possa estar estimulando uma das reações, aumentar a quantidade de banhos pode ajudar. Se não existir alergia, o ideal é manter a quantidade de banhos no mesmo nível de antes.
(Foto: Reprodução/Blog Nathalisse)