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  • A importância da socialização entre pessoas e gatinhos


       Gatinho e menina. | Creditos: Shutterstock

    Pesquisa mostram que a forma como um gato se relaciona com pessoas é parcialmente determinado pela forma como eles interagem com os seres humanos enquanto filhotinhos. Dr. Dennis Turner, co-autor de  ”O gato doméstico – A biologia do comportamento”, (em tradução livre) e seu colega, Dr. EB Karsh, realizaram uma pesquisa que demonstrou que a quantidade e qualidade das interações que um gatinho tem com as pessoas entre a segunda e a sétima semana de vida, irão desempenhar um papel determinante na personalidade dofilhote de gato e será diretamente responsável em definir se o gatinho será amigável com as pessoas na idade adulta. Experiências realizadas durante estas pesquisas mostraram que os gatinhos entre dois e sete semanas de idade, que foram cuidados ao menos durante 40 minutos por dia por uma pessoa, se aproximavam das pessoas mais rápido. Também descobriram em suas experiências que os gatinhos que foram manuseados por diferentes pessoas também cresciam e se tornavam mais amigáveis com estranhos, do que gatinhos que foram manipulados por apenas uma pessoa.

    A importância do contato próximo às pessoas para os filhotes de gatos

    Uma pesquisa mais recente publicada na revista Anthrozoos descobriu que o período de 8-16 semanas de idade também desempenha um papel importante na relação social de gatinhos com as pessoas. Um dado interessante desta pesquisa é que os gatinhos que obtiveram maior interação social no período entre oito a dezesseis semanas de idade, tentavam fugir menos ao serem manipulados por uma pessoa desconhecida, enquanto gatinhos que interagiram o mínimo com pessoas, exibiam um maior número de tentativas de fuga.

    Estes resultados  inverteram completamente após as 16 semana de idade. Filhotes de gatos que tiveram maior manuseio e interação social, apresentaram o maior número de tentativas de fuga e pareciam muito confortáveis querendo brincar, enquanto gatinhos que receberam o mínimo manuseio tiveram menos tentativas de fuga e pareciam congelar de medo. Os autores acreditam que entre a segunda e sétima semanas de vida dos gatos, o cuidado e a proximidade aos gatinhos faz com que eles tenham menos medo de pessoas, enquanto a experiência com seres humanos entre oito e dezesseis semanas afeta a forma como eles interagem com pessoas familiares e estranhas.

    Experiências realizadas mais tarde com gatinhos adolescentes também determinaram que a convivência com pessoas pode desempenhar um papel fundamental na forma como eles interagem com os humanos na idade adulta. Estas pesquisas foram baseadas em experiências feitas com gatinhos jovens que já haviam sido socializados nas primeiras semanas de vida. O Dr. Dennis Turner,  teoriza em seu livro que os gatinhos que foram socializados durante o período de duas a sete semanas, necessitam apenas de uma ou duas interações positivas com uma pessoa desconhecida para terem confiança e começarem a se relacionar com essa pessoa. E este gatinho necessitaria de algumas experiências negativas, vindas de uma pessoa desconhecida para deixar de reagir de forma positiva. Enquanto um gatinho que não havia sido socializado com pessoas durante o mesmo período, necessitaria de muitas interações positivas com uma pessoa desconhecida para ser capaz de se relacionar com um desconhecido. E é importante ressaltar, que este gatinho só precisa de uma experiência negativa vinda de uma pessoa desconhecida para reagir com medo em direção a ela.


    Portanto o que podemos extrair destas pesquisas é algo que qualquer apaixonado por gatos já sabe de longa data. Se você deseja que seu bichinho seja carinhoso com pessoas, dê a ele muito carinho, socialize com pessoas e outros animais. Assim ele crescerá um gato carinhoso, amigável e apegado com sua família.

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