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  • Ser médico veterinário em outros países é possível?

    Quem escolhe cursar a faculdade de medicina veterinária se apaixona pela profissão. No Brasil, o mercado é bastante promissor e ganhou força com o advento de petshop e clínica veterinária especializada. 

    Foto: Infoescola


    Porém, não é raro que os médicos veterinários queiram se arriscar em terras estrangeiras, seja para começar uma pós-graduação ou para realizar um sonho de morar fora. E quando isto acontece fica a dúvida: é possível exercer a medicina veterinária fora do país? 

    Para que o diploma de graduação em veterinária seja reconhecido em outros países, faz-se necessário submetê-lo a uma validação, geralmente realizado por organizações especializadas no reconhecimento de diplomas estrangeiros. 

    Esse processo é bastante burocrático, pois o interessado precisa apresentar uma infinidade de documentos e, em alguns casos, se submeter a provas específicas. Como se não bastasse, nem sempre o candidato recebe a aprovação que tanto espera, mesmo quando entra com recurso para solicitar a reavaliação do caso. 


    Começando com o pé direito

    Um dos quesitos observados pela maioria dos conselhos de medicina que emitem a licença do estrangeiro é a universidade onde o interessado obteve o diploma de medicina. Alguns países contam até com listas de universidades estrangeiras bem avaliadas, sendo este o primeiro item verificado quando recebem pedidos de validações. 

    Sendo assim, para começar com o é direito é preciso que você tenha se graduado em uma instituição autorizada ou reconhecida pelo Ministério da Educação. 

    É por isso que antes de se inscrever para iniciar seu tão sonhado curso de medicina veterinária, você deve conferir a avaliação da instituição no site do MEC, principalmente se a sua faculdade não for tão conhecida ou renomada no mercado. Uma faculdade reconhecida e bem avaliada é um forte indício de qual a instituição é vista com bons olhos perante órgãos que avaliam universidades estrangeiras. 

    Consularizando documentos

    Como dissemos no início do artigo, para solicitar a validação do diploma em países estrangeiros, é necessário apresentar uma série de documentações. Mas antes é preciso que esses documentos sejam consularizados. 

    Para quem pretende solicitar a revalidação de diplomas no segundo semestre, uma boa notícia: a partir do dia 14 de agosto, o Brasil entra na chamada Convenção da Apostilla, que tem por objetivo diminuir a burocracia para a legalização de documentos de brasileiros em 108 países. Para conhecer os países participantes desta convenção, visite a lista de países participantes da Convenção da Apostilla.  

    Domínio do idioma
    O domínio da língua do país que você pleiteia e a validação do diploma também pode contar pontos a favor. Dependendo do país, você vai precisar fazer exame de proficiência ou apresentar certificação do domínio da língua do país. Nada mais justo, afinal, você terá que lidar com clientes que não falam a sua língua. Ainda mais se tratando da área da saúde, a comunicação deve ser totalmente clara. 

    Diferentes avaliações 

    Cada país possui sua própria legislação e diferentes metodologias para formações destes profissionais. Por exemplo, não existe o curso de graduação em medicina veterinária nos Estados Unidos. Se o estudante deseja atuar com a saúde animal, deve cursar a faculdade de medicina e depois fazer uma pós-graduação na área de veterinária. 

    Para revalidar o diploma do médico veterinário em outros países é necessário realizar um exame para oficializar o diploma no país onde se quer atuar. Cada local possui um tipo de análise. 

    Inglaterra: Deve-se obter o registro e licença junto ao Conselho Geral de Medicina do Reino Unido. Mas antes de solicitar, o interessado deve conferir se a sua faculdade de graduação é uma das instituições aceitas no diretório Avicenna, o banco de dados de cursos de medicina da universidade de Copenhagen. Além disso, o interessado deve realizar uma prova para comprovar conhecimentos teóricos e proficiência na língua inglesa.

    Portugal: Um conselho científico de qualquer universidade de medicina do país avalia a grade curricular da instituição estrangeira onde o interessado concluiu o curso de Medicina. Após a aprovação, o interessado solicita o registro para a OMP (Ordem dos médicos de Portugal). 

    Espanha: O órgão responsável pela análise e validação do diploma é o próprio Ministério da Educação, mais precisamente o Conselho Geral de Colégios Oficiais de Médicos da Espanha. 

    Índia: Além da análise do diploma, o interessado deve realizar cursos adicionais. Os médicos estrangeiros recebem um registro provisório e precisam fazer residência de um ano. Somente após a residência que o Conselho Médico Indiano concede o registro permanente. 

    Estados Unidos: O Comitê Nacional de Educação Médica Estrangeira e Acreditação é a instituição responsável por verificar se as universidades de medicina dos outros países obedecem aos padrões de ensino equivalente ao das instituições norte americanas. Só com a aprovação do comitê que o interessado deve começar a realizar os cursos complementares obrigatórios para a obtenção da certificação da Comissão Educacional para Médicos Graduados Estrangeiros. 

    Como funciona no Brasil

    Para que um estrangeiro possa exercer a medicina veterinária no Brasil, ele precisa passar por uma avaliação chamada de Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, o Revalida. Esta instituição foi criada para avaliar a situação de médicos estrangeiros que queiram atuar como médicos no Brasil, incluindo médicos veterinários. 


    O exame conta com uma prova objetiva de 110 questões, uma discursiva de cinco questões e, caso o candidato passe de fase, precisa fazer a prova prática com 10 testes de habilidades clínicas.

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